segunda-feira, 29 de março de 2021

Jornal "O Escoteiro"


Em dezembro de 1915, pouco mais de dois anos após a fundação da Associação dos Escoteiros de Portugal (AEP), apareceu o jornal «O Escoteiro», uma publicação mensal  e órgão oficial da Associação.

Era diretor deste mensário escotista o presidente da Associação, Dr. António Sá Oliveira e editores Eduardo dos Santos (até à publicação nº 5) e J. Cardoso Gonçalves (a partir do nº 5).

O cabeçalho foi desenhado por Humberto Martins, escoteiro do Gr. n.º 1 e autor de inúmeras ilustrações escotistas para jornais, livros e diplomas.

No seu primeiro número,  «O Escoteiro» apresentava as condições da criação desta publicação.


O jornal manteve uma publicação regular até janeiro de 1916 (à exceção do mês de fevereiro) e prosseguiu até julho de 1917. No n.º 11,  «O Escoteiro» inseria uma explicação que dava conta das dificuldades com que lutava para se manter em exercício e a direção alertava:

“Se os grupos que não cumprem o seu dever, persistirem na atitude havida até agora, então o jornal «O Escoteiro» terá de suspender a sua publicação até que os mesmos grupos reconsiderem e se corrijam”.

O n.º 12 ainda foi publicado, uma vez que o decreto n.º 3120-B dava o reconhecimento oficial à AEP e era necessário divulgar o facto, mas o jornal «O Escoteiro» acabaria por suspender a sua publicação.

Reapareceu em julho de 1918, editado pelo Grupo n.º 26 do Porto que, ao que parece, decidiu suspender o seu jornal de grupo, «O Scout», para dar continuidade à publicação d`«O Escoteiro», que se mantinha como órgão oficial da AEP. Desta fase conhecem-se apenas duas publicações (os números 13 e 14). Mais tarde, o Grupo n.º 11, do Liceu de Camões, fez uma tentativa de publicação, mas sem êxito. Sabe-se que em janeiro de 1922 retomou a publicação, mas ignoramos a sequência e nunca vimos qualquer exemplar.

Em julho de 1923, a AEP retomou a publicação d` «O Escoteiro», série IIª, mas em formato de boletim.

No CIDE-ME existem todos os jornais da Iª série, à exceção dos nºs 9, 12 e 14, e dos publicados pelo Gr. 11, como atrás referimos.

quarta-feira, 24 de março de 2021

Distintivos de promessa e compromisso de honra (1956-64)

Não se encontram referências ao uso no uniforme dos lobitos, dos escoteiros e dos caminheiros de distintivos de Promessa ou de Compromisso de Honra antes de 1956.

Só após 1956 quando do ato de prestação da Promessa ou do Compromisso de Honra, lobitos, escoteiros e caminheiros começaram a usar no meio do bolso esquerdo da camisa a insígnia associativa, constituída apenas pela flor-de-lis, circunscrita por uma cercadura oval.

A insígnia tinha as cores correspondentes a cada uma das divisão – amarelo para a Alcateia, verde para a Tribo (naquela época não existiam Tribos de Escoteiros e Tribos de Exploradores) e vermelho para o Clã, e eram todas elas bordadas à mão.

A confeção manual, se por um lado era usual na altura, não deixa de ilustrar a fraca dimensão do ativo associativo naqueles anos e criava uma disparidade de “modelos”, como se pode observar na imagem.

Só a partir do ano de 1964 (ano comemorativo do Jubileu da AEP), é que a insígnia associativa passou a ser igual para todo o ativo – educandos e escoteiros-chefes -, com um desenho e cores muito semelhante ao que ainda hoje é usado.

Cromos escotistas

  Q uem de nós não tem ou teve uma caderneta de cromos? Atualmente, grande parte das coleções de cromos são dedicadas aos campeonatos de f...