quinta-feira, 24 de dezembro de 2020

Boas Festas!

 O CIDE e a Fraternal desejam a todos Boas Festas e deixam um voto de esperança para o ano novo que se aproxima.



domingo, 20 de dezembro de 2020

O Jamboree da Maioridade documentado no Daily Arrowe

 

Jornais do Jamboree Mundial de 1929

Terminava o mês de julho quando o Arrow Park, em Upton, perto de Birkenhead, Wirral no Reino Unido abriu as portas para receber 50600 escoteiros para o 3º Jamboree Mundial. Foi um acampamento de extrema importância porque coincidiu com o 21º aniversário do movimento escotista, razão pela qual ficou conhecido como o "Jamboree da Maioridade" (uma referência à idade adulta que hoje se atinge aos 18 anos, mas na época atingia-se apenas aos 21 anos), 

Neste Jamboree o escotismo português fez-se representar por 50 membros - 25 da Associação dos Escoteiros de Portugal (AEP) e 25 do Corpo Nacional de Scouts (CNS) que no dia 28 de julho de 1929 embarcaram no paquete “Andes” em direção ao Reino Unido. 

O evento ficou documentado pelo jornal DAILY ARROWE, quediariamente entre  30 de julho e 14 de agosto de 1929, dava conta de tudo o que acontecia neste encontro mundial.

Nos seus conteúdos, podemos encontrar fotos dos vários visitantes, os mais importantes da sociedade de então, os acontecimentos escotistas mais notórios, e referências, das mais diversas, aos países representados. Ficaram igualmente documentados todos os trabalhos de campo, decorações e pórticos, executados pelos Escoteiros. 

Estes jornais foram conservados pela AEP, e encontram-se, devidamente encadernados no arquivo do CIDE-ME, em Almada.

Foi realmente o Jamboree da maioridade, uma vez que em outubro de 1929 desencadeou-se uma grave crise económica e financeira mundial a que só um movimento verdadeiramente adulto seria capaz de resistir e sobreviver.






sábado, 5 de dezembro de 2020

O Acampamento Javisol

Crachá do X ACNAC da AEP

Foi em setembro de 1966 que o Parque Nacional de Escotismo da Caparica (PNEC) foi palco do X Acampamento Nacional da AEP, um acampamento modesto em relação ao número de presenças, uma vez que os participantes não tiveram quaisquer apoios para a deslocação até ao Parque.




Foi dirigido pelo ECG Adjunto, José Maria Nobre Santos, que contou com a colaboração de uma pequena equipa de dirigentes e antigos escoteiros membros da Fraternal dos Antigos Escoteiros de Portugal (FAEP). 
O emblema de forma triangular, tem fundo amarelo e grande parte das suas inscrições a vermelho. Esta conjugação cromática contribuiu para que este X ACNAC fosse alcunhado como “JAVISOL” (designação que perdura na memória de muitos que nele participaram), numa alusão a uma marca de lixivia muito em voga na altura. 


Este é mais um dos objetos da coleção que o CIDE guarda com muito carinho.

segunda-feira, 30 de novembro de 2020

Objetos com História - Passaporte da delegação portuguesa no I Jamboree Mundial (1920)

 Passaporte coletivo da delegação portuguesa ao I Jamboree Mundial


O objeto que vos trazemos esta semana é um passaporte de 1920, relativo à representação portuguesa no I Jamboree Mundial. Este evento realizado entre 30 de julho e 8 de agosto de 1920, no vasto recinto Olympia, em Londres, contou com um contingente português constituído por onze elementos escoteiros e dirigentes da AEP.

O passaporte diplomático foi concedido pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros, numa demonstração clara da importância que tinha a presença portuguesa num encontro desta dimensão.

Neste documento estão identificados nas fotos superiores (da esquerda para a direita) Henrique Teixeira de Queirós de Barros, Humberto Martins, Jacinto Sobral Martins, Albano da Silva, Henrique Alves Casquilho e Carlos Beleza Frias e nas fotos laterais (de cima para baixo) Mário Ribeiro e  Franklin d´Oliveira.

Henrique Alves Casquilho e Mário Ribeiro acabaram por não integrar esta delegação que ficaria completa com a presença de Alberto Lima Basto, Joaquim Duarte Borrego, Dinis Curson, José

Maria Galvão Teles e José Borrego. A constituição de uma delegação não foi fácil, mas Roberto Moreton, presidente do grupo n.º 1, com toda a persistência e motivação conseguiu que o escotismo português fosse bem representado em Inglaterra.

Todos os elementos deste contingente acabaram por ser figuras de relevo não só na AEP, mas também no escotismo português. 


Deixamos aqui em jeito de memória, umas breves notas biográficas de quatro desses elementos.

sábado, 21 de novembro de 2020

Objetos com História - "Ritual dos Escoteiros de Portugal"

 “Ritual dos Escoteiros de Portugal”


O Objeto com História selecionado para este artigo é uma das preciosidades do acervo museológico do CIDE. Trata-se do livro  “Ritual dos Escoteiros de Portugal”, um cancioneiro de 1953, da autoria de Joaquim Amâncio Salgueiro Jr.. Exemplar único, “(…) encadernado, com as páginas datilografadas, as partituras musicais desenhadas (…), todas as suas folhas (estão) rubricadas pelo autor (e) contêm não apenas canções, mas todo um ritual de desenvolvimento de diversas fases da vida escotista”*.

Joaquim Amâncio Salgueiro Jr., faz parte da História do Escotismo português. Foi um dos primeiros chefes do Grupo n.º 2, Comissário da Zona de Lisboa, Chefe Regional do Norte e um grande impulsionador do Escotismo na região algarvia onde, conjuntamente com Humberto Martins, fundou o Grupo n.º 6 de Olhão. Foi ainda Chefe Geral da Associação e é a ele que devemos a letra e música daquele que viria a ser o Hino da Associação dos Escoteiros de Portugal.

 

 * Extrato do Livro “Fogo de Conselho” de Armando Inácio.


“Hino dos Escoteiros de Portugal”, publicado nas páginas 148 e 149 do 

livro Fogo do Conselho, de Armando Inácio.



sábado, 24 de outubro de 2020

Dia da amizade - 25 de outubro de 2020


Desde 1953 que a  International Scout and Guide Fellowship ISGF,  organização mundial de escoteiros e guias adultos,  apoia o Escotismo e Guidismo, reforçando o diálogo entre comunidades, através de projetos comunitários dirigidos a todo o mundo. 

O dia da sua fundação, 25 de outubro, ficou instituído como o Dia da Amizade (Fellowship day).

Este ano, o dia será atípico, tal como têm sido os últimos meses das nossas vidas, mas ainda assim:

Teremos sol suficiente para iluminar a vida e chuva suficiente para saber apreciar o sol ; alegria suficiente para fortalecer a alma e dificuldades suficientes para apreciar as pequenas coisas que a vida traz para nos fazer feliz.


Feliz Dia da Amizade

Mensagem da ISGF-AISG.





sábado, 11 de abril de 2020

Dados para a História da AEP: Parte IV (1930-1935)


O período que decorre entre 1930 e 1935 foi, mais uma vez, marcado por grandes mudanças no cenário político europeu e, particularmente, no português. 

Em plena ditadura militar, instaurada após o golpe militar de 1926, a Constituição Republicana de 1911 vigorou apenas em teoria e foi alterada por sucessivos decretos governamentais. A ideia de Parlamento, enquanto órgão de soberania, não consta das prioridades políticas do poder. 

Na Europa, os anos 30 foram palco da ascensão e expansão dos regimes autoritários: Itália viveu a ditadura fascista com Benito Mussolini e a Alemanha apoiou Adolf Hitler na construção do nazismo. Em Portugal, António de Oliveira Salazar que dera os primeiros passos na política nacional ocupando a pasta das Finanças em 1928, entra na nova década preparado para voos mais altos. Em 1932 foi nomeado presidente do Conselho de  Ministros e um ano mais tarde fez aprovar uma nova Constituição. Este documento, estruturante para Portugal, foi concebido pelos militares e por Oliveira Salazar, e entrou em vigor em 11 de Abril de 1933, após plebiscito realizado em 19 de Março do mesmo ano, formalizando, assim, o início do Estado Novo. 

Como é que o movimento escotista viveu este período?  Como é que os escoteiros ultrapassaram a crise associativa?


Saber mais.

quinta-feira, 9 de abril de 2020

Dados para a História da AEP: Parte III (1920-1929)


Os anos 20 do século passado, ou os "loucos anos 20" convencionalmente designados, começaram em Portugal com uma loucura diferente da que se vivia noutros locais, marcada por uma crise económica e política que culminou com a ditadura militar imposta por Gomes da Costa a 28 de maio de 1926.
A República (a primeira) tinha dez anos e aos problemas que clamavam por resolução, respondia com uma sucessão de governos e presidentes, num cenário agitado, marcado por desacatos nas ruas, atentados, tumultos e paralisações, que deixaram os portugueses sem norte e sem alguns bens de primeira necessidade. As greves marcaram a sua presença em diferentes setores: ferroviário,  função pública, Carris, correios  e telégrafos entre outros.
A situação era de tal forma instável que causou alguma preocupação aos nossos aliados ingleses que mantiveram um navio em frente ao Terreiro do Paço, não fosse o caso de Portugal necessitar da intervenção estrangeira para "estabilizar". 
Em 1926, depois de 45 governos e 8 presidentes da República, eis que Gomes da Costa, encabeça um  levantamento militar que começou no norte do país e ao qual rapidamente a maioria das unidades do país aderiu. O golpe, que começou em Braga, retirou o poder aos partidos republicanos e abriu caminho a uma ditadura militar e a um governo autoritário que só terminaria a 25 de abril de 1974.
É neste contexto que se desenvolve  o segundo período da associação, marcado por um acentuado progresso, evidente num efetivo de (aproximadamente) 125 grupos, espalhados por Portugal Continental e Ultramarino, e pela proteção oficial que aparece em vários diplomas.




















quarta-feira, 8 de abril de 2020

Dados para a História da AEP: Parte II (1911-1919)

1911-1919: A Primeira República Portuguesa




Estávamos em 1910: na noite de 3 para 4 de outubro, diversas forças militares sublevaram-se contra um regime que há muito era contestado e revelava sinais de desgaste.
O conturbado final do séc. XIX anunciava uma mudança inevitável: a onda de agitação que esteve na origem da revolta republicana no Porto, a 31 de janeiro de 1891, marcou o percurso que, a prazo, pôs termo ao primeiro liberalismo português. A par da constante crise política e do generalizado mal-estar social, a crise económica e a derrocada financeira, compuseram um quadro de catástrofe. Na viragem de século, o rei D. Carlos ainda lutou pela sobrevivência da monarquia, mas a estratégia não foi a melhor e conduziu Portugal a uma ditadura não desejada e muito menos bem vista.
Em 1908, o assassinato do rei deixou o seu filho mais novo, Manuel (com apenas 18 anos), com uma pesada herança: a coroa e um conjunto de problemas para resolver.
O jovem rei procurou o apoio de todos os partidos monárquicos, mas ser-lhe-ia impossível travar a onda republicana: enquanto os republicanos se uniam, os partidos monárquicos dificilmente se entendiam  e conspiravam ora contra o rei, ora contra os republicanos e o fim da Monarquia. 
Foi assim que Portugal entrou em 1910. Sob a pressão decisiva da Carbonária e com o apoio da ala do Partido Republicano Português defensora do recurso às armas, os republicanos tomaram o poder em Lisboa.

A proclamação da República foi feita das varandas da Câmara Municipal de Lisboa na manhã do dia 5 de outubro de 1910, no mesmo dia em que D. Manuel II e a família real partiram para o exílio.


Foi neste contexto de grandes mudanças e dificuldades político-económicas que nasceu o escotismo em Portugal. 

As recolhas e recortes que hoje partilhamos dizem respeito aos primeiros anos do escotismo português e a alguns momentos perturbadores na vida da Associação de Escoteiros de Portugal.

terça-feira, 7 de abril de 2020

Objetos com História


DISTINTIVO DE GUIA DIPLOMADO



Em 1951, a Chefia Nacional da AEP iniciou o 3º Curso da Escola Central de Guias de Patrulha, ao tempo que Luís Grau Tovar de Lemos era Escoteiro-Chefe Geral.
Foi nomeado seu Diretor o Escoteiro-Chefe do Grupo nº 13, na Sociedade de Geografia, professor Júlio Santos e, como instrutores, João Clímaco do Nascimento e Raúl Matoso, além de outros monitores que administravam as matérias de acordo com as suas especializações.
Foi elaborado um conveniente programa com temas teóricos e práticos, desenvolvidos ao longo de cinco meses. Todas as aulas práticas tiveram lugar no campo.
Segundo dados estatísticos conhecidos, inscreveram-se 52 candidatos que foram divididos em 7 patrulhas. Durante o tempo que durou o curso, as patrulhas estavam em permanente competição. A patrulha melhor classificada na semana, tinha direito a usar uma braçadeira verde, com o emblema associativo, durante a semana seguinte. 
No final foram feitas provas de avaliação, teóricas e práticas. Segundo os mesmos dados estatísticos, excluindo os que não chegaram ao fim e os que não foram sobreviveram à avaliação, restaram 16 diplomados.
Estes, foram distinguidos com a insígnia que abaixo reproduzimos e que era usada no bolso esquerdo da camisa, no meio das “duas pescadinhas” que simbolizavam o cargo de guia de patrulha:
Texto do Companheiro Duarte Mendonça

quarta-feira, 1 de abril de 2020

Objetos com História

A Bandeira da Companhia Rainha D. Leonor

Em Portugal, o Movimento Guidista surgiu devido ao entusiasmo de antigas guias inglesas residentes em Portugal que, nos anos 20, juntaram grupos de raparigas inglesas e portuguesas, no Porto, depois em Carcavelos e na Madeira, com as quais formaram as primeiras Companhias. Estas Companhias estavam associadas a colégios ingleses e dependiam diretamente da Associação Mundial.
Só em 1931, ano em que B-P e Olave B-P, os fundadores do Movimento, visitaram a Madeira, começaram a ser dinamizadas as primeiras Companhias de Guias portuguesas, no continente e na Madeira.

Três anos mais tarde, em 1934, os Estatutos da AGP foram aprovados pelo Governo.
O espírito do Movimento estendeu-se por Portugal e pelas Províncias Ultramarinas. Em 1936, comemorou-se pela primeira vez em Portugal, o Dia do Pensamento (22 de Fevereiro). Contudo, a situação da Associação alterou-se em 1937 com o pedido de cessação das atividades feito pelo Governo, motivado pela criação da Mocidade Portuguesa, agravada com os anos de agitação da Guerra Civil de Espanha e mais tarde com a II Guerra Mundial, o Movimento acabou por ser suspenso no continente e nos Açores.
De acordo com o Site Institucional da AGP, só em 1954, por iniciativa de um grupo de antigas Guias que conseguiu obter o apoio do Patriarcado de Lisboa e do Ministério da Educação, a Associação reiniciou as atividades em Lisboa. O grupo elegeu como Presidente Maria do Carmo Pombeiro e como Comissária Nacional, Isabel de Estarreja, que deram um forte impulso à Associação.

No entanto, em 3 de Maio de 1953, fundou-se a Companhia de Guias de Portugal, designada “Rainha D. Leonor”, anexa à Igreja Presbiteriana, sita na Rua de S. Bento. Junta-se a foto da bandeira.
Ao ato de inauguração assistiu a figura prestigiosa de Denise Lester, representante em Portugal da Secretaria Mundial de Guidismo e a senhora Frank Murray, do Conselho Nacional de Guidismo dos Estados Unidos da América.
Foi Guia-Chefe desta unidade a Sr.ª Júlia Gomes Pena Ribeiro e Subchefe Sara de Oliveira Serra.
A Companhia “Rainha D. Leonor” durou cerca de dez anos.
A bandeira da Companhia Rainha D. Leonor, é propriedade da Fraternal e encontra-se no CIDE-ME

sábado, 21 de março de 2020

Dados para a História da AEP : Parte I (1907-1911)


ESCOTISMO - Como tudo começou…

O Escotismo não foi deliberadamente criado, mas surgiu espontaneamente a partir de sugestões contidas nos livros que Baden Powell publicou, preocupado com o comportamento dos adolescentes e com a formação dos adultos. O Movimento que iria surgir em 1907, está indissociavelmente ligado à personalidade do seu fundador. 

sábado, 22 de fevereiro de 2020


O Dia do Pensamento (“Thinking Day”) ou Dia do Fundador (“Founder’s Day” ) remonta a 1926, aquando da quarta conferência mundial das Guias e Escoteiras ("Girl Guide/Girl Scout International Conference"), em homenagem a Lord Baden-Powell e sua esposa Lady Baden-Powell, fundador do escotismo e chefe mundial das Guias, respetivamente, nascidos no dia 22 de fevereiro.
Com esta comemoração procura-se promover mundialmente a reflexão sobre temáticas diversas, nomeadamente  sobre o significado e importância do escotismo nas nossas vidas.

Cromos escotistas

  Q uem de nós não tem ou teve uma caderneta de cromos? Atualmente, grande parte das coleções de cromos são dedicadas aos campeonatos de f...