domingo, 31 de janeiro de 2021

Selos portugueses alusivos à XVIII Conferência Internacional do Escutismo

Foi em setembro de 1961 que Lisboa abriu portas para receber a  XVIII Conferência Internacional de Escutismo. 54 países do mundo  marcaram a sua presença no salão nobre do Palácio Foz .
Neste evento não só foram importantes as decisões tomadas para o futuro do Movimento, como também a Conferência procedeu à admissão de seis novos membros: Laos, Ghana, Madagascar, Nigéria, Chipre e Marrocos. 
Para assinalar este evento, os CTT emitiram uma série de 6 selos que começaram a circular no dia 11 de junho de 1962.
Paralelamente , foi criado um carimbo especial para ser aposto, quando solicitado, e  sobrescritos especiais alusivos a este acontecimento filatélico.

Sobrescrito de 1.º dia com série completa (*)(*) Envelope com impressão alusiva à XVIII Conferência Internacional do Escotismo, sobre o qual estão afixados os selos desta emissão (um de cada valor), obliterados com o carimbo comemorativo do 1.º dia de circulação. 



Carimbo comemorativo do 1.º dia de emissão – CTT Lisboa e CTT Porto


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sábado, 16 de janeiro de 2021

Os selos de Mafeking (1900-1901)

                                         Selos de Mafeking – 1900/1901

Por evocarem a memória de personagens, objetos e acontecimentos emblemáticos da história e da cultura de um país ou de uma região, os selos são expressões da identidade, do património coletivo e veículos da sua difusão pelo mundo. Entre o diverso espólio do CIDE, encontram-se os selos de Mafeking, cuja história passamos a contar.

Todos conhecem Baden-Powell e a importância que teve no Movimento Escotista, bem como o episódio histórico dos tempos em que ele era oficial no Exército Inglês, o qual é de extrema relevância para a História do Escotismo.

Em 1899, Inglaterra, potência que dominava a África do Sul, estava em guerra com o exército dos Bóers, colonos oriundos da Holanda que reclamavam  parte dos territórios que ocupavam naquela região. A cidade de Mafeking, na margem do rio Molapo, era um centro nevrálgico nesta guerra, pois possuía um importante nó ferroviário e quem a controlasse, ficaria em  vantagem sobre o opositor.

Em Outubro de 1899, o coronel do Exército Britânico Robert Baden-Powell (BP) chegou à África do Sul e alojou-se em Mafeking,  onde estabeleceu o seu quartel-general. Como o contingente militar era escasso, BP teve a ideia de criar um corpo de cadetes (constituído por jovens rapazes) ao qual atribuiu, entre outras funções, o serviço de estafeta, vigilância, apoio à população e distribuição de correio, liberando assim os homens válidos e mais velhos para o combate.  O êxito destes rapazes no cumprimento das suas tarefas entusiasmou Baden-Powell e esteve na origem do movimento escotista.

Mas, como o conflito nesta região foi  muito longo, houve escassez, ou mesmo falta de alguns bens, entre os quais, selos para o envio de correspondência. Para ultrapassar este inconveniente,  foi impresso um selo com o perfil de BP. Posteriormente, foram impressos mais dois, mas em tamanho ligeiramente mais pequeno: um com o mesmo perfil e outro com a fotografia do seu adjunto Goodyear, com a sua bicicleta. Estes selos ficaram conhecidos como Deep Blue ou Mafeking Blues.

Após a vitória das forças inglesas, BP regressou a Inglaterra onde foi recebido em apoteose, principalmente pelos jovens, e pela Rainha, que o felicitou, mas, reza a história, também o repreendeu, pelo facto dos selos não terem o perfil da monarca, como era tradição (facto que os torna raros na coleção do Império Britânico).

Para conhecer mais sobre a história de BP sugerimos este vídeo e para  saber mais sobre Mafeking  e os selos emitidos, sugerimos este vídeo também.

sábado, 2 de janeiro de 2021

"Para ser Escoteiro"

 Para ser Escoteiro (1952)

Esta semana o objeto que temos para apresentar é o livro "Para ser Escoteiro", uma edição de 1952.

A literatura escotista em língua portuguesa foi sempre muito escassa. Em 1934 foram publicados dois manuais de provas de classe - o “Para Ser Escoteiro” (manual para a 3.ª classe escotista) e o “Sempre Pronto”  (manual da 2ª classe) -  ambos rapidamente esgotados.

Em 1952, o jornal "Sempre Pronto", para dar resposta às necessidades dos grupos, nomeadamente à " falta de literatura que os oriente", passou a publicar " as provas de 3.ª, 2,ª e 1.ª classes, fazendo-o em forma de livro, a fim de que os escoteiros possam constituir um pequeno volume, que poderá ser um útil manual escoteiro." Esclareceria porém que o jornal limitar-se-ia a "copiar, tanto quanto possível, os antigos manuais «Para ser escoteiro» e «Sempre Pronto», no que se refere às provas de 3.ª e 2.ª classes", sendo que as  da 1ª classe seriam as que constavam, à época, nos "manuais estrangeiros”.

Deixamos aqui algumas páginas para aguçar a vossa curiosidade.








Cromos escotistas

  Q uem de nós não tem ou teve uma caderneta de cromos? Atualmente, grande parte das coleções de cromos são dedicadas aos campeonatos de f...